segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Making a Murderer

O famoso documentário da Netflix, 'Making a Murderer', está dividindo a opinião do público


Foto: Veja.abril.com.br

Agnes Rigas 
agnes1941@live.com
03/11/2018

Passando 18 anos na cadeia após ser acusado de estupro em sua cidade, o condado de Manitowoc em Wisconsin, Steven Avery perdeu grande parte da sua vida dentro de presídios de segurança máxima. Depois que conheceu o gosto da liberdade provando sua inocência, dois anos depois, é novamente acusado de estuprar e assassinar a fotojornalista Teresa Halbach. Com a sua trajetória narrada pela Netflix, o documentário que contém duas temporadas com 10 episódios cada, conta a história de Steven e sua família para que sua inocência seja provada novamente, e que consiga pelo menos, recuperar parte de sua vida que foi totalmente arruinada pela justiça do Estado de Wisconsin. Porém, mesmo mostrando todos os traumas vividos por ele e seus familiares e toda a corrupção feita pela justiça do condado de Manitowoc, em alguns momentos, o documentário nos leva a ter dúvidas sobre a real inocência de Steven.


Brandan Dassey: 
Com apenas 16 anos, Brandan, sobrinho de Steven, foi levado de sua escola até a delegacia para ser interrogado sobre o caso de Teresa Halback. Mas o mesmo não fazia ideia de que estava sendo interrogado como cumplice do suspeito crime cometido pelo seu tio Steven. Mesmo com Dassey sendo diagnosticado com atraso em sua capacidade mental, a polícia do condado ignorou esse fato e resolveu interroga-lo sem piedade o jovem sem a presença de seu responsável ou um advogado. Fazendo com que ele confessasse tudo o que eles queriam para incriminar ele e seu tio, montando um caso contra completo contra a família. Mostrando que seu interrogatório foi totalmente manipulado pela polícia e pela promotoria que estavam agindo em conjunto, Brandan passou 10 anos na cadeia buscando recursos para que um novo julgamento o fosse concedido para que sua inocência pudesse ser provada, e com isso, ele ainda pudesse correr atrás dos anos perdidos dentro da prisão. 

Brandan Dassey sendo levado para o seu julgamento
Foto: nytimes.com


Teresa Halback: 
Com o intuito de procurar Steven Avery para uma matéria de seu trabalho, Teresa nunca imaginou que levaria esse fim. Deixando muitas dúvidas sobre sua morte, a fotojornalista sofreu uma morte trágica que até hoje, nos traz dúvidas sobre o real responsável. Com a impossibilidade de estar presente para contar seu lado da história, o que nos resta é acreditar na promotoria quando nos julgamentos contaram as brutalidade em que foi exposta por um morador da cidade de Manitowoc que causava irã aos órgãos públicos da cidade. Após as gravações do documentário terem terminado pela Netflix, levou muitas pessoas a dúvida sobre se Steven realmente foi o culpado do seu estupro, assassinato e esquartejamento. Com base em algumas provas em pertences da Teresa que tem o DNA de Steven a polícia e a promotoria do Estado montaram um caso em potência, mas também podemos ver a grande manipulação por trás de todos esses anos de investigação. Estando presentes em todas as ações judiciais, a família Halback aparenta estar totalmente esgotada com as investidas dos Avery para conseguir abrir um novo julgamento para que uma possível inocência de Steven seja provada. Pois tudo que o a família da vítima precisa é de paz nesse caso para que finalmente possam descansar.

Foto: peopledotcom.files.wordpress.com




The Handmaid's Tale inspira protesto pela legalização do aborto na Argentina

A ação política contou com o apoio da autora Margaret Atwood


Elisabeth Moss durante a cena da "cerimônia", onde as aias executavam o processo de procriação
Foto: inverse.com

Agnes Rigas e Beatriz Amorim
adorocinema.com (Adaptado)
Brasil.elpais.com
03/11/2018

Com a chegada de uma facção religiosa ao poder que transforma os Estados Unidos na República de Gilead, com o intuito de restaurar a paz, a trajetória de June (Elisabeth Moss) começa a ser contada por ela em seus diários. Baseada na obra de “O conto da aia” de Margaret Atwood, a série que está indo para sua terceira temporada, narra os tempos sombrios em que um regime totalitário é imposto seguindo as leis do antigo testamento e todos os direitos das mulheres e das minorias são revogados e tratados como propriedade do Estado. June que é conhecida como “Offrede” é uma handmaid que tem como função procriar para que o novo sistema imposto continue em ordem já que viviam em uma situação de calamidade em relação a fertilidade. Desde de sua estreia, "The Handmaid's Tale" se tornou símbolo para diversas ações políticas ao redor do mundo. O mais recente exemplo aconteceu na Argentina, no dia 25/07, várias mulheres usaram o famoso figurino vermelho e branco típico das aias, na adaptação do livro de Margaret Atwood, durante um protesto a favor da legalização do aborto no país.
As mulheres caminharam de cabeça baixa, até chegar ao prédio do Congresso nacional. Debaixo da chuva, foi lida uma carta de apoio da própria Margaret Atwood:"Ninguém gosta de aborto, mesmo seguro e legal. Nenhuma mulher escolheria isso para passar tempos agradáveis num sábado a noite. Mas ninguém gosta de mulheres sangrando até a morte, no chão do banheiro, por abortos ilegais. O que fazer?" No início do ano, a autora já havia comentado a causa em seu Twitter, após a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti, dizer que é contra a proposta. "Não ignore as milhares mortes causadas por abortos ilegais todo ano. Dê o direito de escolha para as mulheres argentinas!"A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou uma lei que legaliza o aborto até a 14ª semana de gravidez, mas o projeto ainda precisa ser votado pelo Senado, em 8 de agosto. O presidente Mauricio Macri declarou que se opõe a ideia, mas não usará seu poder de veto.

Desde sua estreia, em 2017, a série vem chocando a todos com as questões políticas que são tratadas nela. Principalmente com relação ao papel do poder feminino na sociedade. Através da trama, podemos ver várias semelhanças com o mundo real em como a população machista desmoraliza e rebaixa o papel da mulher no senário atual, não dando a sua devida importância. 
Até agora, 37 senadores expressaram sua intenção de votar contra a legalização do aborto, entre eles o ex-presidente Carlos Menem; 31 são a favor, incluindo a ex-mandatária Cristina Kirchner, mas há quem peça mudanças nesse bloco; dois permanecem indefinidos, um se absterá e um estará ausente. Se os números se confirmarem, a votação será negativa e o projeto de aborto legal ficará sepultado por pelo menos um ano.
A meia aprovação da Câmara dos Deputados à legalização do aborto foi comemorada nas ruas de Buenos Aires por dezenas de milhares de mulheres com lenços verdes, abraços e gritos de “aborto legal no hospital”. Mas a vitória apertada também causou uma contra-ofensiva de setores conservadores da sociedade argentina, liderados pela Igreja Católica, pelos evangélicos e por altas autoridades do Governo Macri, incluindo mulheres importantes como a vice-presidente, Gabriela Michetti; a governadora de Buenos Aires, María Eugenia Vidal; e a deputada Elisa Carrió.

As argentinas escolheram os trajes da série justamente para se assimilarem com os seus direitos cortados. A justiça da Argentina não estava dando direito as mulheres do seu país a terem uma voz ativa sobre algo que tem a ver com sua saúde pessoal. Igual na trama, onde as mulheres não tem o direito de expressar absolutamente nada, são obrigadas a viverem nas regras que foram instituídas a elas e que claramente, não as respeitavam, com um pensamento de que estavam fazendo isso por um motivo maior do que todos.
No Brasil, é exibida pela Paramount Channel e atualmente, está fazendo um grande sucesso nos países pela reflexão política e social retratada na trama.

sábado, 10 de novembro de 2018

Sharp Objects, série da HBO, trata do psicológico em trama sombria

Obra de Gillian Flynn é estrelado por Amy Adams e com direção de Jean-Marc Vallée


Amy Adams caracterizada de Camille Preaker
Foto: veja.abril.com.br

Agnes Rigas 
agnes1941@live.com
03/11/2018

Adaptação da obra de Gillian Flynn, Sharp Objects (Objetos Cortantes) conta a história da trajetória da jornalista Camille (Amy Adams) que volta para sua cidade natal a mando de seu chefe para investigar recentes desaparecimento de meninas em Wind Cap. Através do grande mistério que ronda suas investigações, Camille precisará lidar com dramas do passado. Desde do início pode-se perceber o poder feminino muito forte na série quando a trama é voltada para três gerações da família Crellin. Para Adora (Patricia Clarkson), é essencial fazer com que os outros pensem que sua família vive em completa e perfeita harmonia, exatamente como a sociedade em que ela faz parte impera. Camille pensa de forma diferente, através da automutilação, do consumo excessivo de álcool, ela encontra um refúgio e caba extraindo e escondendo tudo de ruim que deveria ser colocado para fora. Para sua meia irmã Amma (Eliza Scanlen), a vulnerabilidade é o seu disfarce para que não percebam que na verdade, na verdade, ela está no controle de todas as situações. Com um modo de interpretação aguçado, você poderá interpretar a cidade de Wind Cap como um próprio personagem. Seu tempo abafado, seus residentes mostrando uma hospitalidade que é tipicamente normal para as pessoas sulistas, mas sabemos muito bem que toda essa hospitalidade se trata de falsidade diz muito sobre como o comportamento de sua população.
Durante a trama, somos levados a todo momento para o passado. Onde através das lembranças de Camille, podemos observar sua infância e sua relação com sua irmã. Somos confundidos com a perfeição da montagem das cenas se em tal momento retratado é sobre o passado ou presente. Com o enredo apresentado de forma lenta, pode fazer com que os telespectadores percam o interesse. Mas os curiosos não desistem e ao fim de cada episódio, uma revelação é mostrada e faz com que a nossa curiosidade seja aguçada para saber como isso irá se desenvolver. E somos totalmente recompensados nos três últimos episódios com o desenrolar dos grandes mistérios. E com esses três modos de observação femininos diferentes (Adora, Camille e Amma), é que percebe-se que Sharp Objects é muito mais que uma minissérie sobre investigação, ela promete te entreter com os seus oito episódios fazendo você se surpreender com o andar das investigações e com os mistérios que começam a ser revelados. 
Com rumores  de uma renovação  para uma possível segunda temporada, os produtores organizaram uma coletiva  de imprensa onde de maneira rápida acabaram com os boatos.
"Nós não estamos falando sobre uma segunda temporada. É isto, então aproveite enquanto você pode", disse Marti Noxon,  showrunner da série.
Substituindo "Big Little Lies" no horário nobre da emissora, "Sharp Objects" desde o início foi um projeto de uma simples e pequena temporada que alcançou 36% a mais que o lançamento da série anterior na mesma hora. Como "Big Little Lies" tinha um projeto similar com somente uma temporada e ganhou mais uma, o questinamento sobre "Sharp Objects" é considerado normal  por parte dos telespectadores.
Com um final que se assimila bastante ao seu nome e com os seus pequenos detalhes, essa minissérie promete ser uma das grandes apostas da HBO para os últimos tempos. Com a grande chance de render vários prêmios para a trama que mexeu com o psicológico do público.


14ª temporada de "Supernatural" terá menos episódios

O ator Jensen Ackles diz que as aventuras dos irmãos Winchester  na série ainda vão continuar por muito tempo


Foto: minhaserie.com.br
Agnes Rigas e Beatriz Amorim
entretenimento.uol.com.br
03/11/2018

A notícia de que a 14ª temporada de “Supernatural” terá menos episódios pegou muitos fãs de surpresa, mas há um bom motivo por trás dela. De acordo com o ator Jensen Ackles, o Dean da série, o número reduzido de capítulos irá ajudar ele e o colega Jared Padalecki a terem mais tempo com suas famílias. Além disso, Jensen não viverá seu personagem tradicional, nesta temporada ele dará a vida ao anjo Miguel, um anjo que vai trazer muitos problemas para Sam e  Castiel.

Em entrevista ao site TVLine durante a San Diego Comic-Con, Ackles explicou que, ao negociarem para o novo ano da série, os dois atores pensaram em qualidade de vida.

“Nós dois temos famílias, então tem mais a ver com como podemos melhorar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Cortar alguns episódios nos deu quase um mês a mais no ano, que passa muito rápido quando você só tem um hiato de dois meses e meio”, explicou. E uma boa notícia para os fãs: Com esse tempo extra de férias, Ackles espera que ele e Padalecki possam continuar com as aventuras dos irmãos Winchester “por mais muitos anos”. 

Com 20 episódios, a 14ª temporada de “Supernatural” estreiou nos Estados Unidos no dia 11 de outubro e no Brasil o lançamento foi dia 23 de outubro sendo exibido pelo canal pago Warner Channel.

'Assédio', nova série da globo, relata casos reais de abuso sexual

A luta das vítimas do ex-médico Roger Abdelmassih serviram de inspiração para série


Antonio Calloni representando Roger Abdelmassih na série
Foto: veja.abril.com.br


Agnes Rigas e Beatriz Amorim
Veja.abril.com.br (Adaptado)
03/11/2018

Inspirada no livro “A clínica: A farsa e os crimes de Roger Abdelmassih”, de Vicente Vilardaga, a nova série exclusiva do globoplay intitulada “Assédio” vai conter 10 episódios e vai contar a história real de mulheres que foram abusadas pelo ex-médico Roger Abdelmassih, as investigações do caso e como elas montaram uma rede para denunciar os abusos sexuais cometidos por ele.
Roger Abdelmassih é um ex-médico brasileiro, especialista em reprodução humana e um dos pioneiros da fertilização in vitro no Brasil. Ele foi condenado a 181 anos de prisão por ter estuprado 37 pacientes de sua clínica de fertilização. Enquanto as pacientes estavam em estado de sedação e topor, Roger se aproveitava para beijá-las, tocá-las, acariciar suas partes intimas e, até mesmo, praticar relações sexuais com elas. Dentro das salas de exames, as mulheres passavam da condição de pacientes para as de vítimas, em poucos minutos.



Jéssica Ellen, Paula Possani, Hermila Guedes, Adriana Esteves e Fernanda D’Umbra vão interpretar as vítimas do ex-médico
Foto: gshow.globo.com

A série é uma mistura de ficção e realidade, porém são poucas as informações que os diretores de “Assédio” decidiram mudar, não afetando em nada a história real. Algumas das mulheres violentadas por Roger Abdelmassih criaram uma associação de apoio para acolher outras vítimas do médico e incentivá-las a denunciá-lo. Diante da fuga do agressor, no entanto, o foco do grupo mudou, e elas passaram a se dedicar a buscar pistas do paradeiro dele. Na vida real, contudo, elas não encontraram nada suficientemente sólido para localizá-lo no Paraguai, como acontece na série.
“Elas tiveram um papel importante, cooperaram, não deixaram que o caso fosse esquecido. Se as vítimas não tivessem persistido na história, talvez o Abdelmassih não tivesse sido capturado. A polícia estava acomodada, começou a se mexer apenas em 2014 porque era ano de eleições presidenciais. Mas, no final, foram eles que descobriram o paradeiro do ex-médico, junto com o Ministério Público”, explica Viladarga, autor do livro. 
Em 2017, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, concedeu um habeas corpus a Abdelmassih, permitindo que cumprisse a pena em prisão domiciliar por questões de saúde — seu advogado chegou a alegar que ele tinha uma “expectativa de vida muito curta”. Desde então, o ex-médico vive com a esposa e os filhos gêmeos em um condomínio de luxo em São Paulo.

Making a Murderer

O famoso documentário da Netflix, 'Making a Murderer', está dividindo a opinião do público Foto: Veja.abril.com.br Agnes...